As pessoas nas organizações - Comportamento Organizacional (2024)

As pessoas nas organizações - Comportamento Organizacional (3)

UNIP

Andresa Alves Ribeiro 19/11/2024

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As pessoas nas organizaçõesA relação entre os indivíduos e as organizações, a importância das competências comportamentais, omindset do futuro do trabalho e as diferenças entre as inteligências racional e emocional.Prof.ª Elaine Cristina Grecchi Gonçalves1. Itens iniciaisPropósitoEntender a dinâmica das relações que envolvem as pessoas e as organizações tornará o gestor capaz deintervir positivamente no contexto em que elas ocorrem, permitindo-o acompanhar as mudanças do ambienteorganizacional.ObjetivosApontar o papel central das pessoas no alcance dos resultados organizacionais.Identificar a importância das competências comportamentais nos locais de trabalho.Diferenciar as inteligências racional e emocional do ser humano.IntroduçãoAinda que estejamos avançados tecnologicamente no século XXI, uma coisa não é possível fazer (e isto não ésegredo para ninguém):A organização tomar decisões por ela mesma, sem a intervenção humana.Embora já existam lojas sem atendentes, por trás de toda a operação estão as pessoas. Alguém decidiu quallocal adequado para instalar aquele ponto de venda, quais produtos comercializar ou como disponibilizá-losnas gôndolas.Em São Paulo, há lojas totalmente autônomas. Nelas, é possível realizar compras de mercadorias seminteração humana. Mesmo chamadas de autônomas, suas operações dependem das ações de pessoas emdiversos dos seus processos.A tecnologia, as máquinas, os equipamentos e os recursos financeiros são itens que compõem umaorganização e que precisam ser impulsionados pela atividade humana. Mas o contrário também é verdadeiro:nós, humanos, precisamos das organizações para atender às nossas mais variadas necessidades.• • • 1. O papel das pessoas nas organizaçõesA relação entre os indivíduos e as organizaçõesDescubra a importância da relação entre pessoas e organizações para o sucesso empresarial. Neste vídeo,vamos abordar como as organizações buscam e retêm talentos comprometidos, qualificados para fortalecersuas equipes e garantir o crescimento sustentávelConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Para discutir a relação entre as pessoas e as organizações, analise seu dia a dia e enumere todas asinstituições com as quais você se relaciona para atender às suas necessidades: hospitais, escolas, bancos,restaurantes, lojas, órgãos públicos. A lista é bem grande.Há uma relação de dependência mútua entre pessoas e organizações.Pessoas precisam suprir as suas mais variadas necessidades e as organizações precisam cumprir sua missãoe alcançar seus objetivos reconhecidamente pluralistas.Esta visão de interdependência foi discutida nos anos 1970, por Argyris (1975). De acordo com o autor, jánaquela época, fazia-se necessária a efetiva integração entre as pessoas e as organizações.ArgyrisChris Argyris (1923-2013) foi professor de Comportamento Educacional e Organizacional na HarvardUniversity a partir de 1971 e uma renomada autoridade no campo de Comportamento Organizacional. Foio precursor da aprendizagem dupla (double-loop learning). As organizações precisam, definitivamente, de pessoas para alcançar seus objetivos. Mas, de quais pessoas estamos falando? Onde as encontramos? Como podemos convencê-las a contribuirpara a causa de uma instituição que não foi idealizada por elas? Vamos responder a essas questões.Pessoas Os indivíduos buscam suas satisfaçõespessoais por meio da remuneração, dosrelacionamentos, oportunidades de carreira,segurança no cargo, entre outros.Organizações As organizações, do mesmo modo, têmnecessidade de capital, lucratividade,espaço físico para operar, tecnologia,capital humano, ampliar nichos demercado etc.Primeiro, não é de qualquer pessoa que estamos falando. Se fosse, não precisaria nem existir processoseletivo para ocupar determinada vaga, concorda? Estamos falando de pessoas talentosas, qualificadas e comprometidas, que sejam capazes de fazer além doesperado para o sucesso de um projeto ou para alcançar uma meta. Essas pessoas têm um brilho especial no olhar, atitude positiva, são inteligentes, abertas ao diálogo, com sedede aprender e, acima de tudo, com sentimento de dono do negócio, ou seja, atitude de ownership. Com tanta gente no mundo, como podemos encontrar a pessoa certa? Aqui entra o trabalho de quem atua na gestão de pessoas, que buscará no mercado de recursos humanosalguém com os conhecimentos, habilidades e atitudes adequadas para atuar na organização. Cabe a estaárea:Selecionar talentos: escolhendo adequadamente as pessoas que farão parte das equipes; Reter os talentos: criando ambientes acolhedores e desafiadores, para que os integrantes possamalcançar seus objetivos individuais e contribuir para a realização da missão organizacional.Mudanças dos paradigmas no trabalhoTransformações nas relações de trabalhoAssista ao vídeo para entender como ocorreram as mudanças nas relações de trabalho ao longo do tempo.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.A divisão e a especialização do trabalho, propostas pela Administração Científica, não permitiam aoempregado ter sequer noção do que estava produzindo e reduziam as pessoas a meros instrumentos de umacorporação.A mudança no eixo do poder, dos músculos para a mente, e a identificação do conhecimento comofundamental para o sucesso da organização transformou as relações de trabalho.(VERGARA, 2005, s.p. )Passamos a nos organizar em torno da gestão e da aplicação do conhecimento humano, ou seja, o que aspessoas sabem e o que são capazes de fazer com o que aprenderam ao longo da vida.Essa nova forma de encarar a contribuição humana fez surgir novos modelos de gestão voltados para aexcelência, baseados no conhecimento, na inovação e na flexibilidade, que possibilitam às empresas atuar ecompetir globalmente.A identificação e a manutenção dos talentos são cada vez mais importantes para o crescimento e asustentabilidade das corporações.• • Fazer isso localmente e agir de modo global pode ser uma chance para conquistar os melhores profissionais.Afinal, o que diferencia as empresas, na atualidade, é a qualidade das pessoas que as compõem e a formacomo seus talentos individuais são combinados, tornando cada organização única em sua essência.As pessoas como vantagem competitivaEm um cenário de mudanças em velocidade crescente e de competição em nível global, diferenciar umaempresa da concorrência tornou-se extremamente importante. Essa diferença pode ocorrer a partir: Da localização da empresa.Da qualidade percebida em seu produto/serviço.Do preço.Da confiabilidade do produto.Da assistência pós-venda ao cliente.Da embalagem.Da rapidez na entrega.Da reputação da marca.Para ajudá-lo a entender melhor esse conceito, reflita:Como você decide suas compras no dia a dia?Talvez você pague mais caro em um produto porque confia naquela marca ou opte por comprar em umadeterminada farmácia de manipulação, pela crença de que ali a matéria-prima utilizada é de qualidade.A isso, damos o nome de vantagem competitiva, que é a maneira pela qual uma empresa:• • • • • • • • Diferencia-se de seus concorrentes. Torna-se superior à concorrência emalgum aspecto.Garante geração de valor aos seusclientes.Veja o exemplo da Google, que tem sua marca associada à inovação, confiabilidade e resolução de problemas.Parte disto é resultado da filosofia da empresa, que se traduz como: Se você pode fazer algo que melhore a experiência do cliente, faça.(Google)Para manter-se na liderança por tantos anos, a organização investiu na atração, retenção e no engajamentodas pessoas que lá trabalham.Para a empresa estar à frente de seus concorrentes, é essencial que seus colaboradores adotemcomportamentos estratégicos como: Capacidade de inovação;Comunicação eficaz;Absorção e transferência de conhecimentos;• • • Resolução de problemas;Aprimoramento dos processose dos produtos.Quando se discute o engajamento, Renata Costa defende a ideia de que vivemos a era do funcionário-cliente,em uma matéria para a revista Você RH em 2017, onde afirma-se que:Indivíduos inspirados e engajados entregam até três vezes mais resultados.Mas, ao se analisar o mercado de trabalho no Brasil, qual é o cenário na maioria das empresas?Rubin (2016) aponta que:O número é altíssimo!Muitos desses profissionais buscam novas ocupações e desligam-se da empresa. E os que ficam?Esses contaminam o ambiente de trabalho e comprometem os resultados de toda a equipe com algunscomportamentos, tais como: Falta de concentração e foco;Distração;Ausência de comprometimento;Aumento de conflitos com colegas e reclamações dos clientes.Essas são algumas das consequências de ambientes contaminados com pessoas insatisfeitas.Pior ainda, essas pessoas podem estar vivendo o que Eduardo Shinyashiki (apud RUBIN, 2016) denomina de aposentadoria mental. Veja:Quando a pessoa trabalha, cumpre sua jornada, mas estácom a mente desligada, só no piloto automático. Faz o queé pedido, mas nada além disso. Não questiona, não propõemelhorias, conhece a finalidade do trabalho que executa evive como um zumbi corporativo. Agora, imagine uma empresa onde 7 em cada 10empregados vivem dessa forma.Você vê alguma possibilidade de sucesso?Imagine o seguinte cenário:• • 76% Da força de trabalho nacional está infeliz einsatisfeita.24% Dos brasileiros, apenas, declaram-sefelizes no trabalho.• • • • Você é dono de uma quitanda que faz entregas de frutas, verduras e itens de mercearia via aplicativona sua cidade. Junto a você, mais 9 pessoas atuam na empresa. Seu dia começa bem cedo, vocêmesmo vai ao centro de abastecimento, escolhe os melhores produtos e leva-os para o galpão, deonde saem para a entrega aos clientes. Os pedidos chegam a todo momento. Sua equipe confere os itens, separa os produtos, embala,encaminha-os para a auditoria de qualidade e os libera para os entregadores. Tudo certo, não é?Talvez, se não fosse a falta de cuidado dos entregadores com as sacolas. Várias reclamações começam a chegar: ovos quebrados, frutas amassadas, legumes batidos. Asjustificativas dos entregadores? São muitas entregas, o trânsito é complicado, os clientes demoram aatendê-los e a chuva atrapalha a coisa toda. Tudo saiu devidamente correto antes do transporte, mas até que o produto chegue ao cliente, todosprecisariam ter atitude de ownership, aquela da qual já falamos, o sentimento de dono do negócio.Pare e reflita:De que adianta só uma parte da equipe estar comprometida com o trabalho?Para sua empresa continuar existindo, será preciso ou não rever as estratégias na área de gestão de pessoas?É óbvio que sim!Nessa mesma linha do compromisso e do sentimento de dono, existe a questão que discute o impacto daatuação de pessoas felizes e as características que lhes são peculiares em seus ambientes de trabalho.Conheça as características dessas pessoas, deacordo com o resultado da pesquisa realizadapela ISMA-BR:Autoestima;Autoconfiança;Otimismo;Flexibilidade.Essas características fazem a diferença,principalmente, em momentos de crise ou de pressão:1Autoestima e autoconfiançaPossuir as duas características fazem os colaboradores acreditarem mais em si mesmos,desafiarem processos e sugerirem inovações.2OtimismoPessoas otimistas tendem a lidar de forma positiva com as adversidades.• • • • • • • • 3 Flexibilidade e focoEssas características levam as pessoas a pensarem em possibilidades diferentes de alcançaremresultados superiores.Pessoas como vantagem competitivaNeste vídeo, vamos explicar como o engajamento, a satisfação e o comprometimento dos colaboradorespodem impulsionar o sucesso empresarial. Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.TendênciasUma pesquisa feita pela McKinsey &; Company aponta que 14% da força atual de trabalho no Brasil terá quemigrar de atividade até 2030.Por que?Novas formas de trabalhoDe acordo com Morgado e Pliopas (2018), oavanço tecnológico, a automação e a adoçãode IA nos processos organizacionais criarãonovas formas de trabalho, exigindo um novoperfil dos profissionais do futuro.Uso da tecnologia O profissional do futuro deverá ser capaz deutilizar a tecnologia para estabelecer novasredes de relacionamento capazes depotencializar a criatividade e a inovação.Profissionais do conhecimento Os chamados brain workers ou profissionais doconhecimento promoverão a renovação dosconceitos mais elementares dos processos nasorganizações (ARAGÃO, 2015).Experiências positivas O desempenho e a entrega de cada empregadoserão potencializados pelas experiênciaspositivas que ele tem no seu ambiente detrabalho.Resultados alcançadosO produto obtido pelo conhecimento,experiências pessoais e competênciassocioemocionais dos colaboradores é o quepotencializará os resultados da organização.De acordo com Costa (2017), as palavras que compõem o vocabulário do público voltado para o funcionário-consumidor são: personalização, transparência, simplificação, autenticidade e capacidade de respostaorganizacional.Criar experiências incríveis para inspirar e engajar colaboradores é o desafio do momento. Estratégias sãocriadas para atrair, reter e otimizar o potencial individual dos talentos em organizações que consideram aspessoas como essenciais para o sucesso no longo prazo.O que são trabalhadores do conhecimento?Assista ao vídeo para entender quem são os trabalhadores do conhecimento.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Vem que eu te explico!Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.A importância das pessoas nas organizaçõesConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Mudanças dos paradigmas de trabalhoConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Pessoas como vantagem competitiva para as empresasConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Verificando o aprendizadoQuestão 1A relação entre as pessoas e as organizações alterou-se de forma significativa nas últimas décadas,sobretudo por causa do avanço tecnológico, da automação e da adoção de inteligência artificial nosprocessos organizacionais. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta uma característica doprofissional do futuro:APostura passiva diante de problemas anunciados.BFalta de foco nos resultados.CSentimento de ownership.DConhecimento limitado da atividade que executa.ETrabalha por décadas na mesma organizaçãoA alternativa C está correta.O comprometimento dos indivíduos com os resultados organizacionais e o sentimento de ownership (donodo negócio) são características que marcam o perfil do profissional do futuro.Questão 2Antônio Pedro foi contratado como gestor na organização Métodos S/A. Seu principal desafio é transformar omodelo de trabalho mecânico e tradicional existente na empresa, cujas características são: I- Divisão do trabalho ‒ Cada indivíduo desempenha a tarefa precisa que lhe é atribuída. II- Responsabilidade em termos de conhecimento geral e coordenação exclusiva da chefia. III- Valorização da comunicação e interação para discussão de ideias entre superiores e subordinados. Está(ão) correto(s):AOs itens I, II e III.BApenas os itens I e II.CApenas o item I.DApenas os itens I e III.EApenas os itens II e IIIA alternativa B está correta.A divisão do trabalho foi um dos fundamentos da Administração Científica. De acordo com este conceito,cada empregado deveria realizar apenas a parte do trabalho que era de sua responsabilidade, semquestionamento, o que exigia ampla supervisão da chefia, que coordenava as atividades executadas portodos.2. Competências comportamentaisMudanças na relaçãodas pessoas com as empresasDescubra as mudanças no mundo corporativo e como elas impactam a busca por oportunidades profissionais.Neste vídeo, explore a importância das competências comportamentais no mercado de trabalho atual e comoelas influenciam as decisões de contratação.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Estamos vivendo em um mundo complexo, dinâmico e imprevisível. Basta você olhar à sua volta e vai perceberque as mudanças fazem parte de nosso dia a dia, o que leva as empresas a se transformarem continuamenteem busca de melhores resultados geradores de crescimento.Alguns fatores interferem claramente nesses resultados: As empresas terem uma estratégia que lhes permita oferecer maior valor agregado aos seus clientes. O modelo de gestão adotado pelos seus dirigentes. A competência dos empregados que nela trabalham.No passado, excelentes currículos e experiências em empresas renomadas garantiam novas oportunidades nomercado de trabalho até sem muito esforço por parte daqueles que buscavam novas posições. Atualmente, arealidade é bem diferente.O atual mundo do trabalho gira em torno das competências comportamentais. Você sabe o que é isso? Aolongo deste módulo, vamos responder esta pergunta.Competências como fonte de valor para o indivíduo e aorganizaçãoÉ fato que as organizações querem crescer, mas esse crescimento desejável é diretamente proporcional à suacapacidade de entregar resultados para todos os seus stakeholders, dentre eles, os clientes.Como podemos entregar mais valor aos nossos clientes?Inovação seria a resposta.Embora pareça simples, não é tão fácil de ser colocada em prática, porque, para inovar, precisamos dosconhecimentos, das habilidades e das atitudes dos talentos que fazem parte de uma organização. Essa é,inclusive, uma opinião compartilhada por vários autores.Veja aqui a opinião de alguns deles:• • • O conhecimento e a informação assumiram, brilhantemente, os papéis de atores principais no cenáriodas relações de produção, circulação e serviços. A principal matéria-prima no mundo dos negócios jánão sai mais dos recursos naturais, mas da mente humana, extraordinariamente rica, criativa e semlimites.(VIEIRA; VIEIRA, 2004, p. 95).Veja, a seguir, as competências comportamentais que geram bons resultados e tornam as empresascompetitivas. Entregar valor: são os talentos que poderão participar de maneira ativa dos processos de inovaçãopara garantir maior valor para os clientes pelo menor custo para as empresas. Isso representa maioresresultados e, consequentemente, a organização cresce e se desenvolve em uma relação constante decausa e efeito; Inovar e renovar: é a complexidade do mundo contemporâneo que sugere novas relações de trabalhoenre indivíduos e a empresa. É o conservadorismo dando lugar à inovação, os números às ideias, olinear ao sistêmico e o isolamento à criação de uma rede de interatividade entre pessoas, empresa esociedade; Conectar e compartilhar: O mundo está mudando e a nova ordem de desempenho e excelência exigeque a organização contemporânea repense sua maneira de gerenciar pessoas dentro de seus espaçosde trabalho. Investindo cada vez mais na construção de novas relações de trabalho que privilegiam odesenvolvimento de competências, o ganho de autonomia por parte do trabalhador, para que ele possainovar.Todos ganham com essas mudanças, principalmente as pessoas, já que lhes é devolvido o que têm de maisimportante: A capacidade de pensar e de inovar.Já as empresas ganham empregados corresponsáveis pelos resultados, e os clientes passam a receberprodutos e serviços cada vez melhores.Você sabe o que são as competências?A palavra competência deriva do latim competere: Com = conjunto + petere = esforço.Diferente do conceito usado por muitos de nós quando estamos em uma reunião de amigos (quem nuncaouviu a expressão: “João é incompetente! Não sabe fazer seu trabalho.”), a palavra competência tem umsignificado específico no contexto acadêmico e nas organizações, além de continuar evoluindo ao longo dotempo. Quer ver?Tradicionalmente, o conceito de competência era assim definido por McClelland (apud FLEURY, 2002):CHA = O conjunto dos conhecimentos, habilidades e atitudes que resultam na alta performance de umempregado. De acordo com Scott Parry (apud EBOLI, 2004, p. 52), a competência, numa definição simplificada, éresultante de três fatores básicos:• • • ConhecimentosRelacionam-se à compreensão dos conceitos edas técnicas. É o saber fazer.HabilidadesRepresentam aptidão e capacidade de realizar eestão associadas à experiência e aoaprimoramento progressivo. É o poder fazer.AtitudesReferem-se à postura e ao modo como aspessoas agem e procedem em relação a fato,objetos e outras pessoas de seu ambiente. É o querer fazer.Outros autores possuem visões distintas sobre o que a definição de competência. Veja:Zarifian (2001, p. 68), por sua vez, defende a ideia de que a competência do indivíduo é o tomar a iniciativa e oassumir a responsabilidade diante de situações profissionais com as quais ele se depara. Percebe-se aqui umsentido de competência ligada à ação como inteligência prática, na medida em que existe a real aplicação deconhecimentos conceituais e filosóficos dentro das atividades realizadas diariamente pelas pessoas em seutrabalho, o que garante melhoria de processos e maiores resultados em um sentido dinâmico deaprendizagem e transformação.Fleury (2002, p. 53) segue nessa mesma linha, apresenta o conceito de competência e indica que o temaentrou na pauta das discussões acadêmicas e empresariais associado a diferentes instâncias decompreensão: No nível das pessoas (a competência do indivíduo) e das organizações (core competencies).Na ideia da autora, a competência do indivíduo não se limita ao seu estoque de conhecimentos teóricos, nemse encontra restrita a uma tarefa. Ela é a inteligência prática que se apoia nos conhecimentos adquiridos e ostransforma a partir da complexidade das situações com as quais o empregado convive diariamente.Dutra (2004) defende que o conceito de competência precisa estar vinculado à entrega, ou seja, à capacidadede o empregado entregar valor por meio dos conhecimentos, habilidades e atitudes que possui. É a suacontribuição e a maneira como mobiliza suas capacidades para gerar resultados.O que é competência?Assista ao vídeo para entender o conceito de competências.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Logo, para que se possa afirmar que alguém apresenta competências em seu trabalho, não basta que elatenha conhecimentos: As habilidades e atitudes são fundamentais.O que você acha mais difícil desenvolver em uma pessoa: os seus conhecimentos, as suashabilidades ou as suas atitudes?Se você disse atitudes, acertou! É isso mesmo. Desenvolver novas atitudes nas pessoas, sem dúvida, é oprocesso mais demorado em um programa de educação.E você seria capaz de dizer o motivo?Conhecimentos e habilidades são facilmente ensináveis, mas atitudes não. Para mudarmos a atitude dealguém, precisamos alterar seu padrão de pensamento e isso leva tempo, sabia? Não é da noite para o dia,mas, ainda que demande tempo e investimento, é extremamente necessário. Afinal, o desempenhoprofissional de alguém está vinculado à sua atitude no trabalho.Percebeu que não estamos mais falando em treinar para executar apenas uma tarefa?O foco agora é fortalecer as competências para ampliar a visão do colaborador, tornando-o qualificado para: Mobilizar-se;Saber agir;Saber aprender cada vez mais;Engajar-se;Transferir aos outros o que aprendeu, compartilhando conhecimento;Ter visão estratégica;Assumir novas responsabilidades.Você concorda, então, que a inteligência das pessoas é a base para o aumento do capital intelectual de umaempresa, tornando-a capaz de inovar sempre?Se você disse sim, acertou!Estamos diante de umnovo enfoque em que a aprendizagem saiu do escopo individual e passou a integrar oaprendizado coletivo.Os funcionários, a partir do desenvolvimento de competências, passam a promover a melhoria dos processos,gerando inovação para a empresa, além de maiores benefícios aos clientes e, consequentemente, aumentodos resultados.Você consegue listar quais são as competências indispensáveis para o futuro do trabalho? Que tal nosacompanhar até o fim desta discussão e descobrir se sua resposta coincide com a nossa?O mindset do futuro do trabalhoVocê sabe o que é ou já ouviu falar sobre mindset?Mindset é uma maneira de pensar, o modo como se configura a mente de uma pessoa ou o tipo dementalidade que se tem sobre determinado assunto.Agora que você já sabe o significado dessa palavra, o convite é para que conheça qual é o pensamentocontemporâneo sobre o futuro do trabalho.Vamos começar?• • • • • • • Você sabia que mais de 1/3 das competências requeridas para a maioria das profissões que serãorelevantes até 2025 não são consideradas fundamentais atualmente? 80% das tarefas executadas por seres humanos serão automatizadas até 2050 e 85% das profissõesque existirão até 2030 ainda nem foram inventadas. As previsões indicam que 50% dos empregos que conhecemos deixarão de existir até 2030.A flexibilidade é uma das macrotendências registradas no relatório do Fórum Econômico Mundial 2018. ComentárioAs empresas serão apenas mais uma possibilidade de trabalho e a ideia é termos uma nova profissão,chamada de Freelancer S/A: Pessoas que entregarão serviços a qualquer hora e em qualquer lugar, pormeio das plataformas digitais. A ideia é criar, conectar, compartilhar informação e multiplicar as formasde aprendizagem por meio de redes colaborativas de trabalho. A maior parte dos novos empregos está ligada às tendências do mercado: Envelhecimento da população;Eficiência energética;Soluções para o aquecimento global;Produção de serviços e produtos para classes de consumo em expansão;Investimentos;Tecnologia e infraestrutura.Os empregos menos suscetíveis de serem extintos pela tecnologia são os que envolvem: Gestão de pessoas;Experiência aplicada;Interação social;Atividades que as máquinas ainda não são capazes de fazer.No vídeo O Profissional do Futuro, Michele Schneider explica como os profissionais conseguirão se diferenciardas máquinas e permanecer humanos em um mundo tão digital. Nem você imaginava que viveria tudo isso em um futuro tão próximo, não é? Que mundo imprevisível!• • • • • • • • • • • • • Já reparou como vivemos em constantes mudanças?Tudo que é sólido desmancha no ar é o título do livro de Marshall Berman, que mais do que nunca reflete ascaracterísticas do mundo atual.E é neste mundo, volátil, incerto, complexo e ambíguo – conhecido como VUCA ‒, que você vai gerenciar umaempresa, uma área ou um projeto.Mundo VUCAAssista ao vídeo para entender do que se trata o Mundo VUCA.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Logo, para ser um bom gestor, é importante que você desenvolva um conjunto de competênciascomportamentais capaz de gerar os resultados desejáveis e a entrega de valor para todos os grupos deinteresse de uma organização.Infelizmente, muitas escolas de gestão não priorizam o desenvolvimento deste tipo de competências,fortalecendo apenas as técnicas que, embora sejam essenciais para o desenvolvimento do trabalho, não sãoas únicas. Como consequência, as pessoas chegam às organizações e não são capazes de tercomportamentos assertivos que garantam sua empregabilidade ao longo do tempo. Não há dúvidas de que anova educação do século XXI passa pelo aprendizado das soft skills em qualquer área.O que são soft skills?Na tradução livre, soft skills são as habilidades socioemocionais que precisamos desenvolver para garantirpresença no mercado de trabalho. Diferentes das competências técnicas, elas remetem à personalidade e aocomportamento, tendo como base: Experiências;Formação de cada pessoa;Cultura;Relacionamento interpessoal.Entre as competências mais valorizadas, estão:• • • • Ética;Trabalho em equipe;Comunicação;Criatividade;Resiliência;Inteligência emocional;Empatia;Liderança;Autoconhecimento;Negociação;Gestão de conflitos;Resolução de problemas;Pensamento crítico e analítico;Aprendizagem ativa e mindset de crescimento;Diversidade e inteligência cultural;Adaptabilidade a mudanças.De acordo com a Consultoria McKinsey, pesquisadores descobriram que, entre 2016 e 2030, a demanda por habilidades sociais e cognitivas, como criatividade, pensamento crítico, tomada de decisão e processamentode informações complexas, deve crescer até 26% em todas as indústrias.O que você está esperando para ler mais sobre o assunto e fortalecer suas competênciascomportamentais?Lembre-se sempre de que as organizações contratam as pessoas por suas competências técnicas, mas vocêmantém sua empregabilidade e aumenta consideravelmente suas oportunidades de crescimento quandodesenvolve as competências comportamentais.AtençãoAs competências técnicas, ao longo do tempo, são substituídas pelas máquinas, mas sempre vamosprecisar de alguém para liderar e conduzir times de sucesso. Aprender a aprender e o empreendedorismo coletivoVocê sabia que a discussão sobre a inter-relação entre aprendizagem e organização no meio acadêmico não érecente?A maioria das pessoas não imagina, mas ela teve início nos anos 1970. Entretanto, foi a partir da década de1990, com a difusão do conceito de organizações de aprendizagem, popularizado por Peter Senge (2013), quea discussão passou a efetivamente fazer parte do cotidiano dos gestores e das empresas.O que seria uma organização que aprende?• • • • • • • • • • • • • • • • Na opinião de Senge (2013), para que uma organização possa ser considerada de aprendizagem, éimprescindível que invista na prática ativa das cinco disciplinas, entre elas, a revisão do modelo mental, quesignifica:cinco disciplinasDomínio pessoal;Modelos mentais;Visão compartilhada;Aprendizagem em equipe;Pensamento sistêmico.Reconhecer que os indivíduos possuem diferentes visões de mundo e consolidar, nas pessoas, uma posturaque possibilite discutir determinadas situações sob perspectivas divergentes, ao levar em consideraçãoopiniões totalmente contrárias, construindo, assim, novas visões sobre uma determinada situação ouproblema.O conceito de organizações que aprendem e sua prática ativa tem como pressuposto o alinhamento do perfilgerencial e a socialização do conhecimento e da informação.E é exatamente aqui que nossa discussão se inicia:Será que estamos prontos para implantar esse modelo no dia a dia e nas empresas em quetrabalhamos ou gerenciamos? O que seria essencial?Criar esse ambiente exige a construção de uma cultura dentro da organização, que tenha comocaracterísticas:Enfoque analíticoPara que as pessoas possam desafiarconstantemente suas premissas.Abordagem participativaPor meio da reunião de empregados comdiferentes perspectivas, experiências ecompetências.Conflito construtivoAfinal, a diversidade de ideias nos ajuda a olharo mundo pelos olhos das outras pessoas.Agora, vamos pensar juntos:Ambientes de trabalho dessa natureza são um conceito histórico real ou apenas um modismo?A intensidade de como isto ocorre depende da organização, do segmento em que ela atua, do local em queestabelece sua base de operação e, sem dúvida, da concorrência que existe em seu setor de atuação. Vocêsabe por quê?Quanto mais concorrência existe no setor onde a organização desenvolve suas atividades, maior é anecessidade de a empresa inovar para atender aos seus clientes.E, como você já sabe, para inovar, precisamos de conhecimento.Como fazer, então, para tornar isso uma realidade possível?Precisamos investir noaprender a aprender!E, para que você entenda o que significa essa expressão, deve comparar os conceitos de aprendizagem emcircuito simples e aprendizagem em circuito duplo.Vamos a eles?Veja, agora, alguns conceitos sobre aprendizagem em circuito simples: Para Fleury (2002), aprendizagem é a solução de problemas visíveis, em padrões consagrados; Para Argyris (2000), a aprendizagem refere-se ao indivíduo que incorpora novas práticas sem, noentanto, refletir sobre o que reproduz.À medida que as organizações são construídas sobre princípios mecanicistas (aquilo que é feito de formamecânica), as pessoas são valorizadas pela sua habilidade de se encaixar e contribuir para a operaçãoeficiente de uma estrutura predeterminada, realizando atividades fixas em circunstâncias estáveis.Nesse modelo, privilegia-se o treinamento, que tem como objetivo tornar o empregado apto ou destro pararealizar uma atividade, estabelecendo uma rigorosa disciplina, além de não permitir que as pessoas analisemas causas das dificuldades e exerçam influência sobre padrões predefinidos. É o que Morgan (1996) chama deaprendizagem em circuito simples ou único, que consiste nos seguintes passos:Aprendizagem em circuito simplesPasso 1O indivíduo é treinado.• • Passo 2O indivíduo aprende.Passo 3O indivíduo realiza a atividade sem questionar a propriedade daquilo que faz.Essa estratégia limita as pessoas a identificar e corrigir erros a partir de padrões e normas vigentes, logo,modelos mentais, normas e padrões não são questionados.A lógica de treinar as pessoas durante anos apenas visando ao aprimoramento técnico, garantindo-lhes knowhow, foi atribuída pelas condições de um ambiente externo que tinha como característica a estabilidade.Know howModelo de aprendizagem operacional que privilegia aquisição de habilidades físicas para produzir açõesespecíficas: Como fazer a atividade?Quando essas condições do ambiente se alteram, é importante que as pessoas tenham autonomia e possamquestionar a propriedade daquilo que fazem, desafiando os processos.Segundo Fleury (2002), isso envolve desenvolver outra competência: a capacidade para identificar problemase solucioná-los por meio da revisão de pressupostos ou valores fundamentais, a fim de se apreender um novoconceito.Para que alguém desenvolva a competência pensamento crítico e analítico, que permite a revisão de modelosmentais anteriormente consagrados, é importante que ele tenha a capacidade de olhar duplamente asituação, questionando a relevância das normas de funcionamento, entendendo o porquê (know why) daquiloque faz.É um novo caminho de aprendizagem em circuito duplo, no qual você aprende, desaprende e reaprende deoutra maneira, a partir do conflito entre visões, abordagens divergentes, modelos diferentes a que estáacostumado e por meio da construção de ideias e soluções criadas de forma compartilhada para transformaruma realidade.Aprendizagem em circuito duploModelo no qual as pessoas recebem novas informações, comparam com as necessidades do sistema/processo e tomam decisão sobre as ações corretivas adequadas, envolvendo mudanças de práticas,valores e pressupostos. (ARGYRIS, 2000).Observe que esse movimento não está presente, por exemplo, nas organizações tradicionais.São princípios diferentes daqueles praticados no modelo mecanicista que invadiu as empresas durante anos.Isso exige uma nova postura no comportamento dos indivíduos, que precisam ter disposição parapermanecerem abertos às mudanças, desafiar hipóteses anteriormente consagradas e encarar situações deconflito como oportunidades de crescimento e inovação.É preciso rever modelos ultrapassados, abrindo espaço para que cada vez mais as pessoas, em todos osníveis hierárquicos, adotem uma postura voltada ao autodesenvolvimento e à aprendizagem contínua:aprendendo a aprender.Zarifian reafirma a importância das organizações qualificantes, que estão sempre investindo em aprendizado:(...) Uma atenção muito maior deve ser dispensada ao caráter ‘qualificante’, ‘que ensina’, da organização.(ZARIFIAN, 2001, p. 111-112)Para o autor, além de ser necessária a aquisição de rotinas e hábitos de trabalho em circuito simples, que seriao aprendizado técnico (know how), as organizações devem estimular o saber individual, desenvolvendo oaprendizado em circuito duplo, para as condições de instabilidade, que passam a ser percebidas como fonte eoportunidade de aprendizagem, utilizando a plena potencialidade das pessoas.Afinal, como explica Mário Sérgio Cortella:O trabalho é exclusivo aos homens, porque pressupõe intenção, consciência.O foco do processo de aprendizado passa a se deslocar dos conceitos de know how para os conceitos de know why, tornando o processo de compreensão e de consciência do ser humano pressupostos para o seusucesso como agente transformador.É esse caminho que nos leva a alavancar a inteligência da organização, com todos participando ativamente daanálise e melhoria dos processos e empreendendo coletivamente ao trazer novas ideias para soluções deproblemas complexos na comunidade em que vivemos.O conhecimento é o mais notável atributo da mente humana. Trata-se, porém, de um atributo queprecisa ser desenvolvido, estimulado e aperfeiçoado constantemente.(VIEIRA; VIEIRA, 2004, p. 102)E você, já desafiou seus modelos mentais alguma vez e aprendeu a aprender?O Poder da Aprendizagem Contínua nas OrganizaçõesDescubra como o aprendizado pode transformar as organizações. Entenda como a promoção do pensamentocrítico e analítico impulsionam a colaboração e a inovação, capacitando equipes a enfrentar desafioscomplexos.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.TendênciasDescubra as competências essenciais para se destacar no mercado de trabalho do futuro. Entenda osdesafios do mundo profissional moderno ao desenvolver habilidades-chave como pensamento inovador,inteligência emocional e resolução de problemas. Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Para ser um bom gestor, é importante que se desenvolva um conjunto de competências capazes de gerar osresultados desejáveis e a entrega de valor para todos os grupos de interesse de uma organização. Quais seriam tais competências? Você conseguiria listá-las?Diversos relatórios sobre o futuro do trabalho, baseados nas discussões realizadas nas últimas edições doFórum Econômico Mundial, analisaram o mercado de trabalho e registraram as principais competências quetodo profissional deve ter. São elas: Pensamento inovador e analítico;Liderança e influência social;Aprendizado ativo e estratégias de aprendizagem;Inteligência emocional;Criatividade, originalidade e iniciativa;Racionalidade, resolução de problemas e ideação;Pensamento crítico;Tecnologia, design e programação;Resolução de problemas complexos;Análise e avaliação de sistemas.E você, como vai mudar sua realidade, construir um novo futuro, usando essas competências?Vem que eu te explico!Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.A importância das competências comportamentaisConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Mindset e o pensamento contemporâneo sobre o futuro do trabalhoConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.• • • • • • • • • • Verificando o aprendizadoQuestão 1A ideia das organizações de aprendizagem foi inicialmente defendida por Chris Argyris e, anos depois,popularizada por Peter Senge, na década de 1990. De acordo com esse modelo: I- A organização deve provocar a tensão criativa entre seus membros. II- Os objetivos são alcançados pela obediência estrita dos empregados às regras impostas. III- Entende-se o conflito como algo a ser evitado a qualquer custo. Está(ão) correto(s):AOs itens I, II e III.BApenas os itens I e II.CApenas o item I.DApenas os itens I e III.EApenas os itens II e IIIA alternativa C está correta.A tensão criativa necessária aos membros de organizações que aprendem serve como fonte propulsora denovas ideias. É ela que possibilita a análise das situações vigentes sob novas perspectivas.Questão 2Nos últimos anos, as organizações vêm passando por crescentes mudanças em razão das transformaçõesocorridas no ambiente externo- cenário político, econômico e social- e no ambiente interno, o que representaforte impacto sobre o perfil dos gestores no novo milênio. As competências atuais requeridas para um gestorsão, portanto: I- Criatividade e inovação. II- Aprendizado ativo e contínuo. III- Pensamento crítico e analítico. Está(ão) correto(s):AOs itens I, II e III.BApenas os itens I e II.CApenas o item I.DApenas os itens I e III.EApenas os itens II e IIIA alternativa A está correta.Os profissionais do futuro terão habilidades sociais e cognitivas diferentes daquelas valorizadas nopassado. Entre as mais valorizadas estão a criatividade, o pensamento crítico, a tomada de decisão e oprocessamento de informações complexas.3. Inteligência racional e emocionalDefiniçãoEntenda o poder do autoconhecimento e da inteligência emocional na jornada pessoal e profissional docolaborador. Descubra como reconhecer suas emoções pode transformar suas atitudes e relacionamentos.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Provavelmente, você já ouviu alguma definição do que seria a inteligência emocional.A capacidade de controlar as emoções é a definição errônea mais comum.Ninguém consegue controlar uma emoção, o que podemos gerenciar são os comportamentos gerados por ela.Se você sentir raiva porque levou uma fechada no trânsito, pode conseguir conter o comportamentoinadequado de descer do carro e bater no outro motorista, mas não conseguirá deixar de sentir raiva, se essafor uma situação que desencadeia tal emoção em você.Nosso cérebro não tem a capacidade de controlar emoções.Pessoas inteligentes emocionalmente conhecem os gatilhos ou situações que desencadeiam desconforto eque podem gerar comportamentos inadequados. Reconhecendo isso, gerenciam o ambiente para que nãoajam de forma inapropriada.Aonde isso pode te levar?Saiba maisÀ sua jornada de autoconhecimento, rumo à descoberta de quem você realmente é e aodesenvolvimento da sua inteligência emocional. Para nos ajudar a refletir um pouco mais sobre o quanto nos conhecemos e até que ponto somoscompreensivos ao reconhecer nossas falhas e vulnerabilidades, sugerimos que assista ao TEDxHouston comBrené Brown: O poder da vulnerabilidade (2010), um dos vídeos sobre autoconhecimento mais vistos nomundo.Brené Brown explica, no vídeo, o que acontece com algumas pessoas. Culpam umas às outras pelas falhas,jogam nos ombros dos outros suas próprias imperfeições, e isso causa sérias complicações nosrelacionamentos interpessoais. Identificar as emoções básicas e como se manifestam no dia a dia ajuda emnosso autoconhecimento.Para entender um pouco mais sobre o que seriam as emoções básicas, recomendamos a leitura do texto Queé emoção? (GOLEMAN, 2012, p. 340) que aponta existirem, pelo menos, oito famílias de emoções: IraTristezaMedoPrazerAmorSurpresaNojoVergonhaDe que forma essas emoções interferem nas suas atitudes e comportamentos e como influenciam seusrelacionamentos, tanto na vida pessoal como na profissional, são conhecimentos básicos sobre quem você é.Agora que você já iniciou o caminho com a autorreflexão, vamos fazer outro exercício: olhe seu reflexo noespelho e responda o que te vem à mente. Você está feliz com a pessoa que se tornou? Conhece suaspotencialidades e suas fragilidades? O que você está fazendo para se transformar numa pessoa melhor?Diante de tantos compromissos, prazos e cobranças externas, podemos não parar para refletir sobrenós mesmos.O mais comum é que façamos as coisas no modo automático, tendo como foco somente o checklist deobrigações a cumprir, muitas vezes, determinadas por outras pessoas.Mas, e você nesse processo?Suas necessidades, seus desejos, seu comportamento, como podem melhorar?• • • • • • • • Como mais uma etapa da nossa viagem interior, sugerimos assistir ao vídeo de Daniel Goldstein, Uma lutaentre o seu ser presente e futuro, que nos leva a refletir sobre nossas escolhas e suas implicaçõesposteriores.O pesquisador demonstra que somente o autocontrole e os dispositivos de compromisso são capazes de nosmanter no caminho que nos tornará a pessoa que projetamos para o nosso futuro.Inteligência emocional e relacionalGeralmente, quando atribuímos a característica inteligência a alguém, estamos nos referindo à inteligênciaracional, relacionada aos pensamentos lógicos, matemáticos e analíticos.Não há coisa mais fácil que vencer os outros homens, nem mais difícil que vencer a nós mesmos.(MARQUÊS DE MARICÁ)O quociente de inteligência (QI), termo utilizado a partir de 1912 por William Stern, está relacionado àinteligência racional e mede o desempenho cognitivo de um indivíduo, comparando a pessoas da mesma faixaetária, avaliando a capacidade de resolver questões lógicas. Veja, a seguir, o mudança do conceito deinteligência ao longo do tempo.Até o início dos anos 1990QI como critérioO QI era o critério fundamental para a definição de inteligência, e as pesquisas buscavam identificarse ele tinha relação com a genética ou se era possível alcançar níveis mais altos a partir daexperiência. Contudo, naquela época, o primeiro artigo com o termo inteligência emocional foi escritopor John Mayer e Peter Salovey e mudou a forma como a inteligência poderia ser pensada.Em 1995Um novo conceitoDaniel Goleman, psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, publicou seu primeiro livrosobre o assunto, intitulado Inteligência Emocional, no qual descrevia de que modo essa inteligênciacontribuía para o desenvolvimento dos indivíduos e revelava como a incapacidade de lidar com aspróprias emoções poderia dificultar a vida nos âmbitos pessoal e profissional.De 1995 até os dias atuaisA importância do QE A inteligência emocional (QE) ganhou espaço nas prateleiras das livrarias, em programas de televisão,nos estudos científicos de mestrado e doutorado, na prática da educação infantil, nas áreas derecursos humanos das organizações e nas rodas de conversa pelo mundo todo.Goleman (2001, p. 337) definiu a inteligência emocional como a capacidade de identificar os nossos própriossentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossosrelacionamentos.O autor afirma, ainda, que a inteligência emocional pode ser dividida em cinco competências, desenvolvidaspor meio da prática:AutoconhecimentoTer autoconhecimento emocional. Autoconhecimento emocional: Reconhecer as próprias emoções, ossentimentos e quando ocorrem.ControleTer controle emocional. Lidar com sentimentos e adequá-los a situações específicas, o que está maispara gestão do sentimento.MotivaçãoDirecionar as emoções para o alcance de objetivos específicos.ReconhecimentoReconhecer as emoções na outra pessoa. Por meio da empatia, avaliar os sentimentos no outro.HabilidadesTer habilidades em relacionamentos interpessoais. Ou seja, utilizar as competências sociais parainteragir com outros indivíduos.Atualmente, um novo conceito está ganhando espaço no debate sobre as inteligências que compõem ascapacidades humanas: A inteligência relacional (IR). E o que significa esse tipo de inteligência? Que estamos em constante relacionamento com outras pessoas e, de alguma forma, somos fruto dasrelações estabelecidas com todas elas;• Que o desenvolvimento das inteligências emocional e relacional nos fará aprender sobre nossasrelações e, assim, poderemos escolher como queremos vivê-las, tornando nossos relacionamentosmais autênticos,saudáveis e reais.As emoções no dia a dia das pessoas e da organizaçãoA palavra emoção tem origem no latim, ex movere, que significa mover para fora. Podemos identificar umaemoção ao observarmos, por exemplo, as expressões faciais e as vozes de quem nos cerca.Podemos identificar uma emoção ao observarmos, porexemplo, as expressões faciais e as vozes de quem noscerca. Pessoas tristes, no geral, choram e mostram-semelancólicas, diferentemente de pessoas alegres, quesorriem e possuem um brilho distinto no olhar.Como é possível treinar esse olhar mais apurado paraidentificar as emoções?O filme Divertida Mente (2015), uma animação da Disney,aborda como as emoções se manifestam numa garota pré-adolescente e como influenciam seus comportamentos.A animação mostra de que forma as memórias são afetadas pelas emoções experimentadas ao longo da vidae como ajudam a moldar a personalidade da personagem.A verdade é que, ao longo dos anos, fomos confrontados por diversas situações e, de alguma forma,precisamos lidar com as mais variadas emoções.Presenciamos ocorrências nas quais pessoas com inteligência emocional pouco desenvolvida agiram de formainvoluntária e tiveram comportamentos inadequados. Em alguns casos, estamos incluídos nessa categoria depessoas com pouca inteligência emocional, não é mesmo? Sim, todos nós já cometemos deslizes.O segredo de quem tem elevada inteligência emocional está no reconhecimento das emoções e na tomada dedecisão sobre o comportamento que virá em seguida.Mas qual é a diferença entre emoção, humor e sentimento?Parecem a mesma coisa, mas não são. A principal diferença reside no tempo de sua manifestação. Veja, aseguir, detalhes sobre cada um deles.• EmoçõesSão mais rápidas e podem durar de segundos a alguns minutos;A alegria ao receber a notícia da aprovação de um trabalho ou a tristeza pela sua reprovaçãosão alguns exemplos. As sensações são breves e seus efeitos passam rapidamente.HumorÉ mais duradouro e pode manter-se por dias ou semanas;A sensação é menos intensa e não há um estímulo contextual, não é dirigida a algo específico;A pessoa simplesmente está de alguma forma. Sabe quando você acorda bem, animado,vendo o lado positivo de tudo, com vontade de realizar grandes feitos? Pois é, você está bem-humorado, feliz e esse estado vai permanecer assim por um tempo maior que alguns minutos.SentimentoRepresenta uma grande variedade de sensações e é mais duradouro que o estado de humor;É constante, consistente e direcionado a algo ou alguém, especificamente. Você pode sentiramor por alguém por muitos anos consecutivos, assim como pode cultivar raiva por tempoprolongado.De que forma o reconhecimento das emoções e sentimentos pode transformar nossas vidas?À medida que conseguimos reconhecer as emoções – os limites da nossa capacidade de lidar com elas e emquais situações somos mais ou menos competentes para agir –, podemos usar estratégias mais adequadaspara resolver conflitos e promover relações mais saudáveis.Empatia e sociabilidadeAtire a primeira pedra quem jamais se arrependeu de ter agido de uma forma e não de outra.Quem nunca sonhou poder voltar no tempo e reagir de forma diferente a uma situação na qual teve umdescontrole emocional?• • • • • • • O que acabamos de relembrar foram situações em que vivemos um sequestro neural, no qual nosso cérebroentrou em estado de alerta e acionou seu plano de emergência.O que isso significa? Você não pensou antes de agir e não compreende por que reagiu daquela forma.Agora, pense nas consequências desses momentos na sua vida. Como influenciaram nas relações que vocêestabeleceu com outras pessoas?É preciso nos colocarmos no lugar das outras pessoas de forma verdadeira e sem julgamentos. Afinal, nossasformas de enxergar o mundo são diferentes. Algo que você considera um completo absurdo pode ser normalpara o outro. Quer um exemplo? Veja a seguir.ExemploQuando precisamos contratar pessoas para trabalharem numa fábrica, em regime de turnos, nos quaiselas não terão dias e horários fixos de trabalho e poderão atuar aos finais de semana e feriados,devemos colocar essa informação no anúncio de emprego. Você consegue imaginar o motivo? Mesmo em momentos de alta taxa de desemprego, algumas pessoaspodem não aceitar propostas de trabalho que exijam o trabalho em regime de turnos.Antes de concluir que estas pessoas não precisam do trabalho, vamos nos colocar no lugar delas e tentarolhar o mundo sob sua perspectiva. Alguns motivos pelos quais alguém não aceitaria trabalhar sob esseregime: Prestação de serviços voluntários aos finais de semana;Acompanhamento de parente enfermo nas madrugadas;Buscar e ficar com os filhos após o horário da creche no fim do dia;Estudos noturnos;Necessidade de viagem para cuidar dos pais idosos;Cumprir atividades religiosas;Residir em bairro violento e evitar sair em certos horários.Enfim, viu como são inúmeros os motivos antes de apenas não querer trabalhar à noite ou aos finais desemana?• • • • • • • O que é automático? Pensar pelo outro com o nosso filtro da realidade, não é?Algumas pessoas, além de não se colocarem no lugar do outro, ainda o julgam: Não quer trabalhar, Tempreguiça, Se precisasse do dinheiro, aceitaria.Não fique envergonhado se por acaso pensou algo parecido, em algum momento da vida. Levante a mãoquem nunca julgou ou condenou alguém sem conhecer seus motivos.Empatia requer interesse legítimo no outro, um relacionamento próximo e compreensivo, solidário esem julgamentos. Por meio dela, nos tornamos pessoas mais gentis e passamos a tomar decisõesanalisando o que é bom para nós e para os outros.Não é à toa que a empatia é citada por todos os autores que desenvolvem estudos relacionados à inteligênciaemocional e relacional como o caminho para estabelecer relacionamentos mais saudáveis e duradouros, tantona vida pessoal como profissional.DicaUm belíssimo exemplo de como tais habilidades podem influenciar nossas vidas é retratado no filme Umsenhor estagiário (2015), cujo personagem central é vivido por Robert de Niro, que encanta e envolve atodos na startup onde atua. Inteligência emocional e relacionalDesenvolvaa inteligência emocional e relacional para transformar suas relações pessoais e profissionais.Descubra como reconhecer e gerenciar emoções, promovendo uma convivência mais harmoniosa econstrutivaConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Reaprendizado emocionalExplore o poder do reaprendizado emocional em uma jornada de autoconhecimento e transformação.Descubra como reconhecer e lidar com suas emoções pode conduzi-lo a uma vida mais plena e conscienteConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Já ouviu falar de uma frase que diz:Eu não gosto daquele homem. Eu preciso conhecê-lo melhor.(ABRAHAM LINCOLN)Iniciaremos nossa conversa sobre o reaprendizado emocional com essa frase de Abraham Lincoln, presidentedos Estados Unidos da América (EUA) à época da Guerra Civil norte-americana, o principal e mais violentoconflito interno no país.De origem humilde, ele entendeu desde muito cedo que precisaria da ajuda de todos à sua volta para alcançarseus objetivos e elevar seu país à categoria de potência mundial, não permitindo sua separação.Se Lincoln tivesse tentado acabar com a guerra usando a força, não teria conseguido unir os dois lados, abolira escravidão e ser reconhecido pela sua flexibilidade, generosidade e liderança como um dos maisimportantes presidentes da história dos EUA.Precisamos compreender que somos seres mutáveis, capazes de realizar transformações em nós mesmos eno ambiente que nos cerca. Aceitar que a forma como agíamos no passado pode não ser a mais adequada para o momento atual é um atode humildade e revela autoconhecimento e consciência coletiva.Os maiores desafios para desenvolver sua inteligência emocional e reaprender a utilizaras emoções a seufavor envolvem: O reconhecimento dos pensamentos sabotadores;A auto-observação para reconhecer as emoções no momento em que ocorrem e saber lidar comreações impulsivas.Veja agora, mais detalhes sobre cada uma dessas ações:• • Pensamentos sabotadoresOs pensamentos sabotadores são aqueles que podem minar nossa capacidade de autocontrole.Imaginar que você tem total controle sobre seus pensamentos não é verdade. O que precisamosaprender é como ressignificá-los.Quando pensar: “Sempre sobra pra mim nesta empresa, sempre tenho que fazer tudo sozinho!”,repare se não é sua postura o que leva seus colegas de trabalho a te sobrecarregarem.Você sabe dizer não? Impõe limites ao que os outros podem fazer a você?Em caso negativo, as situações vão continuar acontecendo e você sempre estará sobrecarregado.Auto-observaçãoAntes de nos preocuparmos com os sentimentos dos outros, precisamos nos perguntar:O que sinto?O que penso?O que quero?Viver a vida tentando agradar outras pessoas nos faz esquecer de nós mesmos.Essa auto-observação nos faz reconhecer quais emoções estamos sentindo no momento e comopodemos lidar com elas.Alguém impaciente no trabalho, que demonstra irritação com todos da equipe, pode estar apenastriste.Essa é a emoção e seus efeitos naquela pessoa são a irritabilidade e a impaciência.Identificar a emoção e como ela nos afeta, influenciando nossos comportamentos, é a chave para oreaprendizado emocional. Goleman (2012) afirma que ressignificar uma experiência traumática e lidar de forma diferente com seusimpactos nos faz sair do automático emocional. Olhar a situação sob uma nova perspectiva ajuda no processo.Imagine a seguinte situação descrita a seguir:ExemploA última reunião da qual você participou não ocorreu da forma como gostaria? Você não obteveresultados positivos? Pare, analise as atitudes de todos e aprenda com isso para não repetir os mesmoserros na sua próxima tentativa. Um trabalho te fez mal? O que, especificamente, deixou vocêdesconfortável? O que você não pode deixar acontecer novamente? O que você aprendeu com isso? Descobrir formas de acalmar os circuitos emocionais que nos fazem entrar no automático, reconquistar asensação de controle sobre o que nos acontece e reconstruir a história vivida, compreendendo-a de formamais realista, são caminhos a serem percorridos.• • • TendênciasDe acordo com o Mental Health Atlas 2017, publicação da Organização Mundial da Saúde, o mundo perde umtrilhão de dólares por deixar de tratar a ansiedade e a depressão. Em um ambiente no qual cada vez maispessoas não conseguem lidar com suas emoções de forma saudável, esse dado é relevante. Acompanhe, aseguir, algumas informações sobre o assunto. Nas organizações, esses efeitos são sentidos diariamente em seus ambientes. A falta de motivação, osconflitos internos e a depressão influenciam negativamente a produtividade e impactam os resultados. No século XX, tornou-se cada vez mais comum o afastamento do trabalhador em razão de quadrosdepressivos e síndromes provocados por estresse e exaustão. Em 2020, essas serão as principaiscausas de afastamento laboral no mundo. Dados como esses nos trazem um alerta quanto à qualidade das relações estabelecidas entre aspessoas e as organizações. O sentimento de impotência e a exaustão emocional fazem as pessoas seinteressarem menos pelo que acontece ao seu redor, deixam o raciocínio reduzido e as tornam menoscapazes de alcançar objetivos.Um olhar mais atento às necessidades individuais e novas formas de organização do trabalho podem melhoraressa situação.Os ganhos serão coletivos: Pessoas, organizações e a sociedade, como um todo, sairão beneficiados pelaspráticas mais ativas voltadas ao amadurecimento emocional.Investindo no Bem-Estar Emocional nas EmpresasDescubra como a saúde emocional impacta as organizações e a sociedade, e como novas abordagens podempromover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Vem que eu te explico!Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.Inteligência emocional e relacionalConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.Reaprendizado emocionalConteúdo interativoAcesse a versão digital para assistir ao vídeo.• • • Verificando o aprendizadoQuestão 1“(...) Todo ser humano, até sua morte, pode ser considerado como um reservatório, um estoque, um capital deconhecimento que nunca para de crescer.” (AUTHIER; LÉVY, 1995, p. 43) A disponibilidade que o ser humano tem para aprender deve ser estimulada pelas organizações. No entanto,essa motivação deve estar vinculada à decisão individual de: I- Identificação das emoções que lhe afetam para melhorar a qualidade dos relacionamentos que tem. II- Cristalização dos comportamentos aprendidos ao longo da vida. III- Maturidade, resultado de todo processo de aprendizagem vivenciado pelas pessoas que se reflete noamadurecimento de atitudes e na reflexão sobre os fatos decorrentes da vida. Está(ão) correto(s):AOs itens I, II e III.BApenas os itens I e II.CApenas o item I.DApenas os itens I e III.EApenas os itens II e III.A alternativa D está correta.A cristalização de comportamentos repetidos ao longo da vida não ajuda no desenvolvimento dainteligência emocional, que necessita de maturidade para enfrentar o processo de reaprendizagememocional. Além disso, ressignificar a forma de pensar, bem como os comportamentos, é o que permitelidar de forma diferente com as situações e sair do automático.Questão 2Em recente conversa com seu superior, Ana Paula soube que lhe falta a competência RelacionamentoInterpessoal. Logo, ela deverá desenvolver habilidade para:AInteragir com as pessoas de forma empática.BDemonstrar atitudes negativas diante de situações conflitantes.CAdotar comportamento imaturo diante dos conflitos.DApresentar comportamento combativo.EFalar tudo o que tiver vontade de falar.A alternativa A está correta.A empatia é a base para a construção de relacionamentos interpessoais positivos. Colocar-se no lugar daoutra pessoa, enxergando as situações com os filtros do outro, possibilita a compreensão dos motivos quea levam agir de determinada forma e não de outra.4. ConclusãoConsiderações finaisNeste tema, apresentamos a relação entre os indivíduos e as organizações, a mudança dos paradigmas detrabalho, além do papel das pessoas para o alcance dos objetivos organizacionais. Também discutimos oconceito de competências e de que maneira as competências comportamentais são indispensáveis para o seudesenvolvimento. Tivemos, ainda, um espaço para abordar as diferenças entre as inteligências racional eemocional, bem como a importância do aprender a aprender para a evolução do profissional contemporâneo.Entender a dinâmica das relações que envolvem as pessoas e as organizações tornará qualquer gestor capazde intervir positivamente no contexto em que elas ocorrem, permitindo-o acompanhar as mudanças jáiniciadas em todo ambiente organizacional.PodcastOuça agora um bate-papo sobre as principais competências e o mindset no futuro do trabalho.Conteúdo interativoAcesse a versão digital para ouvir o áudio.Explore +Para saber mais sobre os assuntos abordados neste tema: Assista: Brené Brown: The Call to Courage (2019). Nesse documentário, a pesquisadora desvenda os medos ereceios que nos impedem de assumir nossa própria vulnerabilidade e lidar com nossas fraquezas nummundo cheio de incertezas. Leia: Relatórios de Tendências Ford para 2020. O estudo apresenta as tendências globais que maisinfluenciarão o comportamento do consumidor nos próximos anos e aponta que as pessoas estão cadavez mais sozinhas e sobrecarregadas. Relatório sobre o futuro do trabalho, no Fórum Econômico Mundial em 2018. Desenvolvendoprofissionais para o futuro. Material da FGV Executivo no qual as professoras Ana PaulaMorgado e Ana Luiza Pliopas apresentam a nova dinâmica do desenvolvimento de pessoas e discutemo futuro do trabalho.• • • • ReferênciasARAGÃO, A. D. Trabalhador do conhecimento. RH Portal, 2015. ARGYRIS, C. A integração indivíduo-organização. São Paulo: Atlas, 1975. ARGYRIS, C. Ensinando pessoas inteligentes a aprender. In: Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: HBR,Campus, 2000. AUTHIER, M.; LÉVY, P. As árvores de conhecimentos. São Paulo: Escuta, 1995. BIONDO, G. G. De cada um, o melhor. In: HSM Management, 68. ed., mai-jun 2008. COSTA, R. Saiba como a era do funcionário-cliente está mudando o RH. 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A dialética da pós-modernidade: A sociedade em transformação. Rio de Janeiro:FGV, 2004. WORDL ECONOMIC FORUM. The future of jobs report 2018. WeForum, 2018. ZARIFIAN, P. Objetivo competência: Por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.As pessoas nas organizações1. Itens iniciaisPropósitoObjetivosIntrodução1. O papel das pessoas nas organizaçõesA relação entre os indivíduos e as organizaçõesConteúdo interativoMudanças dos paradigmas no trabalhoTransformações nas relações de trabalhoConteúdo interativoAs pessoas como vantagem competitivaDiferencia-se de seus concorrentes.Torna-se superior à concorrência em algum aspecto.Garante geração de valor aos seus clientes.Autoestima e autoconfiançaOtimismoFlexibilidade e focoPessoas como vantagem competitivaConteúdo interativoTendênciasNovas formas de trabalhoUso da tecnologiaProfissionais do conhecimentoExperiências positivasResultados alcançadosO que são trabalhadores do conhecimento?Conteúdo interativoVem que eu te explico!A importância das pessoas nas organizaçõesConteúdo interativoMudanças dos paradigmas de trabalhoConteúdo interativoPessoas como vantagem competitiva para as empresasConteúdo interativoVerificando o aprendizado2. Competências comportamentaisMudanças na relação das pessoas com as empresasConteúdo interativoCompetências como fonte de valor para o indivíduo e a organizaçãoConhecimentosHabilidadesAtitudesO que é competência?Conteúdo interativoO mindset do futuro do trabalhoComentárioMundo VUCAConteúdo interativoAtençãoAprender a aprender e o empreendedorismo coletivoEnfoque analíticoAbordagem participativaConflito construtivoPasso 1Passo 2Passo 3O Poder da Aprendizagem Contínua nas OrganizaçõesConteúdo interativoTendênciasConteúdo interativoVem que eu te explico!A importância das competências comportamentaisConteúdo interativoMindset e o pensamento contemporâneo sobre o futuro do trabalhoConteúdo interativoVerificando o aprendizado3. Inteligência racional e emocionalDefiniçãoConteúdo interativoSaiba maisInteligência emocional e relacionalQI como critérioUm novo conceitoA importância do QEAutoconhecimentoControleMotivaçãoReconhecimentoHabilidadesAs emoções no dia a dia das pessoas e da organizaçãoEmoçõesHumorSentimentoEmpatia e sociabilidadeExemploDicaInteligência emocional e relacionalConteúdo interativoReaprendizado emocionalConteúdo interativoPensamentos sabotadoresAuto-observaçãoExemploTendênciasInvestindo no Bem-Estar Emocional nas EmpresasConteúdo interativoVem que eu te explico!Inteligência emocional e relacionalConteúdo interativoReaprendizado emocionalConteúdo interativoVerificando o aprendizado4. ConclusãoConsiderações finaisPodcastConteúdo interativoExplore +Referências
  • Impactos da Cultura Organizacional
  • Campos do Comportamento Organizacional
  • REVISTA BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO
  • REVISTA DE ESTUDOS DE COMUNICAÇÃO
  • questionario II
  • QUESTIONÁRIO
  • IMG_9588
  • Na jornada para se tornar um líder eficaz
  • Remuneração e Recompensa1_241128_183002
  • Jogo A3 sistema osseo
  • Diferenças de Comportamento entre Grupos Humanos
  • Prova - Pratica de Gestao e Negocios
  • Teorias de Motivação
  • Os desastres podem ser compreendidos como momentos de alteração ou interrupção séria do cotidiano das pessoas. Assinale a alternativa que aponta um...
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As pessoas nas organizações - Comportamento Organizacional (2024)

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